sexta-feira, 10 de julho de 2009

Dança do Ventre Terapêutica

É através do movimento das coisas que a história se faz; e foi através do movimento corporal que o homem primitivo começou a construir uma nova linguagem, a linguagem da dança; antes dele falar, escrever, ele dançou.

Acredita-se que, a dança provavelmente foi à primeira forma de expressão artística criada pelo homem, a fim de imitar os animais, vegetais e os elementos. Ela é a arte mais antiga praticada pelo homem, antes mesmo dele polir a pedra.

O homem primitivo dançava porque não sabia falar, a dança era uma ferramenta que lhe servia para expressar-se, comunicar-se com a sua tribo e também com os deuses e deusas.

Naquela época existiam os rituais sagrados que eram dançados para expressar as mais profundas emoções, honrar as divindades ligar-se ao sagrado e pedir aos Deuses a fertilidade da terra e do homem, o sol, a chuva e o vento para as colheitas.

A história da dança do ventre é tão antiga quanto a história do homem, ou melhor, da mulher. É a primeira dança feminina de que se tem registro.

Os movimentos de contração, ondulação e vibração foram desenvolvidos pelas mulheres em função de aliviar dores menstruais e preparar os músculos para a sustentação da gestação e o trabalho de parto, também como um culto à Grande Deusa (natureza) em prol da fertilidade - do ventre e da terra.

Através da música e da dança entramos em contato com a magia dos ritmos e dos movimentos corporais que nos dão a capacidade para harmonizarmos com estados superiores de nossa consciência.

A bailarina busca através do som o despertar de suas inquietudes internas, transformando-os em movimentos que integram ao seu auto-conhecimento e equilibram o seu corpo, sua mente e seu espírito.

A dança é uma arte, e independente do estilo, traz ao indivíduo, uma nova forma de ver a vida, mostra ao espectador o quê as palavras não são capazes de dizer mais sim o quê somos capaz de sentir. Através da dança expressamos os nossos sentimentos e as nossas emoções, na busca da harmonia e do nosso equilíbrio físico e mental.

Através dos meus estudos fiz a integração de diversas técnicas corporais e também energéticas para compor o meu trabalho de dança do ventre terapêutica. Ele tem como objetivo o equilíbrio de nossas emoções e sentimentos através dos movimentos da dança e a busca do bem estar físico e psíquico por meio do auto-conhecimento. Durante as aulas estudamos a origem da dança do ventre, os seus símbolos corporais, os 7 chackras e os cinco elementos da natureza correspondente a cada movimento, os ritmos e a música, a mitologia das deusas e por fim vivenciamos os movimentos deixando os sentimentos e emoções fluírem.

No fim de cada aula compartilhamos nossas experiências corporais, utilizamos diversos oráculos para receber mensagens e fazermos a auto-análise e através da aura-soma, de exercícios de respiração e meditação integramos nossos sentimentos por meio de uma limpeza energética.

Vivenciamos nos dias de hoje cada vez mais a energia masculina. As mulheres descobriram a força, a garra e o poder dentro de si, porém por vezes esquecem da sua essência feminina: a suavidade, a leveza e a feminilidade. A busca pelo feminino e o equilíbrio das energias masculinas é um ponto importante trabalhado na dança do ventre terapêutica.

Entendemos que nosso corpo é um templo sagrado e que dentro dele habita as respostas que precisamos para nossa expansão da consciência.

Experimentar a Dança do Ventre Terapêutica é buscar uma forma de contato com seu próprio corpo, ajudando a redescobrir o universo feminino escondido nas entranhas de cada mulher.


Amanda F. J. Pedroti

Prof ª Dança do Ventre Terapêutica
Fisioterapeuta e Terapeuta Corporal
Pesquisadora dos “Efeitos dos movimentos pélvicos da dança do ventre sobre a força do assoalho pélvico”
Aula de Dança do Ventre terapêutica – 04/03/2008

Meditaçã
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O ventre é o lugar onde encontramos muitas emoções. Está relacionado com do nosso segundo chakra, sendo o centro das emoções, da energia sexual e das forças criativas primitivas. É considerado o verdadeiro lugar da Shakti, o aspecto “feminino” de Deus, em forma de criatividade.
Está foi a Dança do Poder, ligado ao segundo chakra.
É importante recordamos sempre deste poder que trazemos em nosso eu. Ainda que se perca toda a sua a habilidade terrena, não poderá chamar-se de impotente, pois sua vontade é símbolo deste poder que, ainda que se possa ser submetido, nunca poderá ser destruído. Ativando este poder sabemos não somente o que fazer, mas também como fazê-lo e porque.
Apenas desejar as coisas na vida não mudará nada, porém uma a tomada decisão através da sua vontade pode mudar tudo.
Sabedoria e confiança são sentimentos necessários para a construção deste poder interno.
Dado que o poder de transformação está sob seu domínio, converta seus desejos em objetivos, seus pensamentos em ações, suas metas em resultados.
Os únicos limites existentes são aqueles que você mesmo impõe em sua vida.
Sua vida está sob seu controle. Sua vida é o que você que quer que seja. Sua vida é como você a faz.
Use sua força de vontade, seu domínio, seus talentos criativos, seus conhecimentos e suas habilidades para tomar a iniciativa de transformar aquilo que necessita ser transformado em sua vida.
Encontre e assuma este poder dentro de seu ventre!


Quando este chackra está harmônico você participa da profunda alegria da vida causando-lhe grande êxtase e entusiasmo. Seus sentimentos são espontâneos, suas ações criativas e tornam a sua vida produtiva.

Boa Semana!
Paz e Luz!
Amanda
Um texto muito interessante para ler e refletir!!!

O SAGRADO FEMININO

Texto escrito por: Shakty Shala em www.dancadosagradofeminino.com.br


Aos poucos cada uma de nós adquirimos o grande valor inerente ao feminino dotado em nós desde que começamos a fazer parte deste universo.
Quando começamos a efetivar essa forma de descoberta e nos pegamos questionando o mundo a nossa volta, nosso valor e papel na sociedade, é que começamos nossa jornada rumo ao feminino.
O que seria o sagrado Feminino?Existem vários pontos de vista que dão rumos diferentes e aqueles que conseguem englobar um todo. As feministas bradam o resgate do poder da mulher apoderada violentamente pelo patriarcado com uma visão politizada. O religioso ligado diretamente a uma visão neo-pagãs que buscam o resgate da sacralidade feminina e os valores da antiga religião da Mãe. E a visão do eco-feministas que vêem no patriarcado o protótipo de todas as formas de dominação e exploração das pessoas e do planeta: militarista, industrialista e capitalista.
Mas o sagrado feminino não é somente uma questão política e de direitos igualitários e nem somente uma manifestação religiosa. Mas sim o somatório de tudo isso de forma de resgatar a sacralidade de uma mulher num todo: pessoal, social, psicológico, religioso e cultural, além de retormarmos nossa preocupação com o planeta terra e o meio ambiente. Todos nós originamos da mesma fonte criativa e somos recheados das mesmas emoções, somos inteiros e capazes, mas ao longo da vida vamos sofrendo tolhimentos, adaptações e restrições. Onde nos ditam: o que é possível, o que é melhor, o que é correto e acabamos a sermos guiados sem ao menos questionar e procurando fora um pedacinho que foi perdido, e na verdade, ainda, esta lá dentro escondidinho em alguma parte de nós.
Até que um dia, começamos a ouvir chamados internos, que nos enchem de vida, que nos expõem a novas perspectivas, nos despertam, nos preenchem e nos enchem de volúpia. O chamado do eu interior, da vontade de ser feliz e fazer o que estiver ao alcance das mãos e do coração para ser feliz e realizado. Sempre há tempo para atender esse chamado.
Podemos associar a isso e darmos a essa força motiz diversos nomes e motivos. Para alguns pode ser um encontro com o Eu, para outros o chamado da Grande Mãe, um momento natural do universo, uma revolta contra o sistema massacrante, um romper de padrões, um retorno ás raízes, um aprofundamento no mundo espiritual, religioso e social. Na verdade não importa o nome da damos a isso, mas sim os resultados que essa busca e esse encontro possam gerar a nós e nas pessoas que estão á nossa volta irradiadas com essa energia que nos move.
Feminino e Masculino são partes integrantes do nosso ser. Nós, esse Ser Integral, fomos divididos por um processo social que lentamente, nos reduziu a valores direcionados culturalmente a um dos “sexos”. Sendo assim, valores como: emoção, perdão, compreensão, fertilidade, sensibilidade, sensualidade, cooperação ficam ligados diretamente á mulher. Deixando para os homens valores como o dever, responsabilidade, ordem, poder, lógica e razão. Após esse processo de retaliação e separação, feminino e masculino se tornaram protótipos de mulher e homem.
Mas não são sinônimos, pois se observarmos a nossa volta encontraremos mulheres extremamente competitivas e frias, assim como homens intuitivos e sensíveis, cheios de sentimentos e cooperação que sofrem muitas vezes por não encaixarem nos protótipos cobrados por uma sociedade ainda arraigada em certos padrões.
Feministas conclamam que 5000 anos de patriarcado castraram a mulher psicologicamente de tal modo que hoje, talvez nos sejamos muito mais machistas do que os próprios homens, pois afinal são as mulheres que educam os filhos, portanto de alguma forma repassamos velhos conceitos sem percebemos, como por exemplo: meninos brincam de carrinho e usam azul e meninas de bonecas e usam rosa.
Desta forma, quando falamos de sagrado feminino não estamos falando só de mulheres, mas sim em ampliar e trazer de volta o direito de nossa contraparte existir e se manifestar. E também do direito da mulher retomar voz própria e ser respeitada. Começando por ela própria e não tendo medo de se impor como um ser inteiro e capaz, ao mundo. Compreendendo que uma vez descoberto esse equilíbrio, tudo em nós passa a ser sagrado. Corpo, mente e sexualidade em busca de uma existência autêntica.