sábado, 2 de novembro de 2013

Dia das Bruxas: um encontro interno maravilhoso ao som ao vivo de Loreena Mckennitt


No dia 31 de outubro comemora-se uma festa cultural e tradicional chamada halloween ou Dia das Bruxas. Vem das tradições dos povos que habitaram a Gália e as ilhas da Grã-Bretanha entre os anos 600 a.C. e 800 d.C.


Originalmente o halloween não tinha relação com bruxas. Era um festival do calendário celta da Irlanda, o festival de Samhain, celebrado entre 30 de outubro e 2 de novembro e marcava o fim do verão no hemisfério norte.



A origem pagã tem a ver com a celebração celta que também tinha como objetivo dar culto aos mortos.  A "festa dos mortos" era uma das suas datas mais importantes. Para os celtas, o lugar dos mortos era um lugar de felicidade perfeita, onde não haveria fome nem dor. As festas eram presididas pelos sacerdotes druidas, que atuavam como "médiuns" entre as pessoas e os seus antepassados. Dizia-se também que os espíritos dos mortos voltavam nessa data para visitar seus antigos lares e guiar os seus familiares rumo ao outro mundo.

Começei este dia fazendo uma palestra no Centro Espírita Batuíra, onde estou prestes a terminar o curso de orientação e estudos mediúnicos. 


O tema da palestra foi "Mediunidade: compromisso, livre-arbítrio"



Então, começo a falar um pouco do dia de hoje, em que comemoramos o dia das Bruxas. 


Como descrevi acima, há milênios que se fala de espíritos e o que podemos observar é que esta faculdade extra sensorial (mediunidade)  é um instrumento da vida, uma condição natural do desenvolvimento dos seres humanos que se tem conhecimento há milhares de anos. E, independente das criaturas aceitarem ou não, ela faz parte da naturalidade das existências.

É o intercâmbio que os seres vivos fazem com os espíritos de/ ou em outras dimensões; 
Mas, além das faculdades em ação, há intercâmbio constante de idéias, pensamentos, ideais, emoções e sentimentos - de tal ordem ou sorte que eles influem muito mais em nossa vida do que imaginamos, para o bem ou para o mal, conforme nossa condição moral - segundo A. Kardec.

Neste dia, pude refletir um pouco mais sobre essa faculdade que talvez há milhares de encarnações trago viva dentro de mim. E que a cada encarnação tem sido curada e trazida mais perto da luz. 


Talvez hoje eu tivesse tido a oportunidade de relembrar que a bruxaria também pode ser o contato que você faz consigo mesma, como um espírito encarnado. 

Então compartilho abaixo um pouco mais, da palestra para depois chegar na noite tão esperada!


"Se a mediunidade é a relação que temos com os espíritos. Quem são os espíritos? Esses podem ser seres encarnados e desencarnados.

A relação mediúnica  com os seres desencarnados está ligada com uma uma vocação, aptidão, realização, criatividade e totalmente desvinculada de qualquer obrigação ou pressão auto-imposta, segundo Francisco do Espírito Santo Neto, ditado por Hammed,


E assim não devemos forçar a eclosão das faculdades mediúnicas e sim oferecer condições apropriadas  para que venham aflorar de forma espontânea e equilibrada.

Deus dá encargos e incumbências às criaturas mas coloca nelas vocações e predisposições inatas. Os dons espirituais são capacidades próprias ou peculiaridades da alma.

Vocação é talento a ser exercido de forma exclusivamente nossa e a maneira de que identificamos ou entendemos as forças psíquicas determinará a produção mediúnica que teremos.

A partir, desta frase de Hammed, ao compreender as nossas forças psíquicas podemos adentrar na mediunidade com os seres encarnados. E talvez esse seja o nosso verdadeiro compromisso mediúnico.

Hammed acrescenta, que nosso mais urgente compromisso é a nossa harmonia interior – a paz de espírito.

A única forma que temos de auxiliar alguém seja esta encarnada ou não, de modo efetivo e apropriado, é mantermos o equilíbrio no ato da ajuda, ou seja, a estabilidade mental, emocional e espiritual.

Antes de auxiliar os outros precisamos aprender primeiro a tomar conta de nós como espíritos encarnados.

Se estamos com a mente e o coração sobrecarregados somos ineficazes para prestar uma real assistência.

Precisamos aprender a identificar corretamente as nossas emoções e deixarmos de ser os analfabetos no sentir. Devemos saber exprimir, expressar e nos conscientizarmos das diversas emoções  que podemos ter como raiva, amor, medo, culpa, alegria, etc. Esse seria a educação que damos aos nossos sentimentos, aprendendo o que e como sentir.

Para que possamos adquirir um coração apaziguado e uma mente tranquila devemos aprimorar a nossa leitura interna.

Afinal, a  cegueira íntima não nos permite ver com clareza os limites da  verdadeira ajuda. Muitas vezes invadimos a individualidade  alheia, impedindo que as criaturas façam a sua própria escolha, esquecidos que as decisões delas diante das dificuldades são proporcionais ao seus graus de compreensão, além disso todos temos os nosso livre–arbítrio.

Ninguém deve escolher ou decidir por ninguém. Pois na prática do bem comum o mais importante não é curar e sim ensinar o doente a conviver com a enfermidade até a sua autocura.

O verdadeiro compromisso é com a nossa serenidade intima, a paz de espírito nos leva a virtude de “permanecermos na medida exata”, proporcionando-nos  uma coletâneas de ideias e pensamentos que facilitam encontrar soluções harmoniosas para conflitos interiores e, por consequência, exteriores."


E a noite chega, para que eu possa vivenciar as palavras deste dia... e compreender num sentido mais amplo o significado da mediunidade.

Cinco amigas se encontram em uma das casas e surpreendentemente somos recebidas com muita honra pela nossa bruxinha anfitriã Camila Colaneri.


Magia, mistérios, recordações... uma mesa farta de símbolos que nos leva a lembranças de outras vidas.



Primeiro, Camila preparou uma retirada das cartinhas astrológicas que indicavam o nosso momento. Qual a mensagem que podemos ter neste dia? As cartas nos dão a possibilidade de entrarmos um pouco mais em contato com esse sentir, fazendo-nos refletir os nossos desafios, mas acima de tudo as ferramentas que devemos ter em nosso interior para seguir a nossa batalha interna.

Cada pessoa no seu processo, na sua caminhada, não importa qual seja o tema a ser explorado e desenvolvido - o importante é como você se coloca diante dos desafios e até mesmo das realizações.



Uma surpresa Camila separou para nós, em cada cadeira tinha uma sacola de bruxa, com seu kit magia: uma vela aromática para ascender pedindo proteção, um incenso para elevar os pensamentos e o sal grosso para a limpeza dos seus corpos sutis. Tudo isso, nos favorecendo ainda mais a nossa sensibilidade, uma maneira de sentirmos cada elemento da natureza despertando em nós os 4 elementos vibracionais: o fogo a ligação com nossa intuição e iluminação, o ar a transformação das nossas ideias e pensamentos e a terra/água, o ancoramento com o sal da terra em nossa presença ser que se é, e a água nos facilitando a entrega dos sentimentos e a purificação da nossa alma.  

Uma mesa linda nos esperava para podermos compartilhar o alimento sagrado através das deliciosas tortinhas e um delicioso um caldo de mandioquinha, preparado pela nossa bruxinha Camila, bem como uma conversa de bruxas que alimentava o nosso ser e fortalecia o elo da amizade e companheirismo.





Para mim, a bruxaria é isso... um ambiente que nos envolve para despertar todos os nossos sentidos... buscando a expressão de nossa alma e dos nossos sentimentos... e quando entramos em contato com isso, nos aproximamos de sutilezas que não são compreendidas com os olhos físicos e sim com os olhos e os ouvidos da nossa alma. Assim, como a mediunidade, para reconhecer os espíritos precisamos nos sutilizar, ou seja deixar que os pensamentos sejam guiados pelos nossos sentimentos de paz e amor.




Foram poucas horas de conversas e magia, mas que ficaram registradas com total força em nossos corações.

Seguimos rumo ao Credicard Hall... para apreciarmos a grande musicista e cantora de músicas celtas e ecléticas Loreena Mckennitt.





Um show para realmente despertar a nossa sensibilidade, para entramos em contato com a simplicidade mostrada num simples palco, com poucas luzes, porém ressaltando a individualidade de cada pessoa e vocação que cada ser traz. Cada integrante tinha o seu próprio e inato instrumento musical, e em cada música pudemos sentir a aptidão dos músicos. Algo sublime, onde cada um com sua particularidade musical compunha um grupo harmônico e transcendental.







Em cada particularidade musical, Loreena saltava seu olhar para aquela pessoa e deixava que ela solasse seu ritmo e sua melodia. Um olhar de eu te vejo, tão singelo e companheiro. 

Assim, como falado na palestra de hoje cada pessoa traz seu talento e os dons espirituais que são capacidades próprias e peculiaridades da alma. 






Quando as almas se juntam em benefício do todo, elas formam assim um grupo harmônico, onde cada olhar é de reverência que sustenta a cúpula de pensamentos e emoções com equilíbrio, harmonia num ritmo de paz e  contentamento.




Que neste dia das bruxas possamos deixar a música curar nossa alma, elevar os nossos pensamentos e que possamos resgatar lá no fundo do coração os instrumentos necessários para tocar a nossa música interna com mais harmonia. 



Um pouquinho do Show, num momento em que Loreena autorizou fotos e filmagens. 



 Uma poção de beijos e abraços gostosos para minhas amigas bruxinhas






Feliz Dia das Bruxas!

Aproveite a data e solte a bruxa, livre-se dos 

fantasmas, sorria! Feliz Dia das Bruxas!

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